O Discurso de Posse de Donald Trump: Um Manifesto de Radicalização e Ruptura
- Olex Santos
- 20 de jan.
- 2 min de leitura

Donald Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos em 20 de janeiro de 2025 com um discurso que reafirmou sua agenda de polarização e radicalismo. Proclamando o início de uma "era de ouro", o novo presidente delineou um futuro marcado por ambições expansionistas, políticas ultraconservadoras e narrativas anticientíficas.
Promessas e Contradições
Trump reiterou propostas polêmicas, como retomar o Canal do Panamá, renomear o Golfo do México para "Golfo da América" e reduzir os gêneros oficialmente reconhecidos a homem e mulher. Ele também prometeu deportar "milhões e milhões" de imigrantes e priorizar a exploração de petróleo e gás, ignorando os esforços globais contra as mudanças climáticas. Ainda assim, disse que prestaria assistência às vítimas de desastres climáticos, omitindo as causas que os intensificam.
Narrativas Populistas e Autoritárias
O discurso de Trump evocou quatro mitos políticos identificados por Raoul Girardet em "Mitos e Mitologias Políticas" (1986):
1. A conspiração: Acusou o governo Biden de destruir os Estados Unidos.
2. O salvador: Apresentou-se como o líder excepcional que restaurará a nação.
3. A idade do ouro: Prometeu uma era de prosperidade e respeito mundial.
4. A unidade: Apelou para uma "família gloriosa sob Deus", ignorando as divisões que alimenta.
Uma Realidade Paralela
Trump desconsiderou os fatos e insistiu em narrativas falsas, como a ideia de que os Estados Unidos estavam em ruínas econômicas, embora vivam um período de prosperidade. O discurso ignorou a diversidade e atacou adversários, desde ambientalistas até defensores dos direitos LGBTQIA+.
Implicações para os Próximos Anos
O discurso inaugural sinaliza um governo que aprofundará a divisão social, romperá compromissos globais e consolidará uma narrativa de populismo autoritário. Trump busca reescrever a história ao defender os invasores do Capitólio, negar a legitimidade da eleição de 2020 e posicionar-se como o salvador contra as políticas progressistas.
Em resumo, a posse de Donald Trump não foi um apelo à união nacional, mas uma declaração de força e ruptura. Seu discurso reflete uma farsa ideológica da extrema-direita, fundamentada em promessas impossíveis e na criação de inimigos para justificar sua visão autoritária de governo.
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